quarta-feira, 25 de maio de 2011

EM TEMPOS DE VIDA

“A morte é uma vitória, e quando se viveu bem o caixão é um arco de triunfo.”

José Marti


EM TEMPOS DE VIDA

 Falamos da vida nossa, de tempos de todos os tempos de vida, quando nos interregnos da escola primária brincava-mos em cima do rolo da sola, como se fossemos equilibristas, da  sempre secreta experiência proibida de fumar o primeiro cigarro na idade da adolescência, do tempo das noites do Bolero Bar em que escutávamos o piano a divagar melodias que transfomas-te em poema:

“ é do fado esta nostalgia

                                                                                   pelas fontes

                                                                         a quebrar o silencio

                                                                           dos poetas a passar”



Falamos daquele dia, ainda em tempos antes do dia da liberdade passar pelas nossas vidas, em que me trouxes-te duma sessão livreira um livro do poeta militante José Gomes Ferreira. Da solidariedade e da fraternidade espalhada pela estrada da vida, do convívio com  humildade e dos humildes, noutros Bares, “óh Pigas tens pastéis de bacalhau... e panados....? Então sai uma bebida!” Da sempre boa disposição nas tertúlias com as nossas gentes, donde vinham ao teatro das palavras, aquelas estórias das figuras populares da nossa urbe limiana.

Agora nestes tempos da vida, nos protocolos da hipocrisia mediática e de conveniência, vão chover homenagens, votos de louvor, etc., etc. Mas a maior e grande homenagem, simples e verdadeira já está feita pela vida e obra que legas-te à humanidade. Quando na vida se merece a vida e “quando o verdadeiro homem não olha de que lado se vive melhor, senão de que lado está o dever é o verdadeiro homem**” a tua vida e obra é do verdadeiro homem que viverá em todos os tempos da vida.
** pensamento de José Marti  

Na Sapataria no Largo Dr. António de Magalhães nos tempos de ESCOLA

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