PASSEIO DE
OUTONO
Por estes dias
na silhueta reflectida
de sombras suaves
Por estes dias
de passo leve
passeava
o forasteiro prazenteirona silhueta reflectida
de sombras suaves
das árvores refrescantes
plantadas à
beira do rio
o forasteiro
prazenteiro
seguia os
sons
do chapear das
águas
rasgadas em correntes
indefinidas de
impurezas
na dor do
silêncio
passeava
o forasteiro
prazenteiro
o olhar no
casco perdido
do barco água-arriba
que navegava
no grito
das lamúrias das árvores
no outono de
folhas caídasdas lamúrias das árvores
Ponte de Lima,
12 de Outubro de 2015
Tarquínio Vieira
Tarquínio Vieira