segunda-feira, 12 de outubro de 2015

PASSEIO DE OUTONO


PASSEIO DE OUTONO           
     
Por estes dias

de passo leve
passeava
o forasteiro prazenteiro

na silhueta reflectida

de sombras suaves

das árvores refrescantes
plantadas à beira do rio

 
o forasteiro prazenteiro
seguia os sons

do chapear das águas
rasgadas em correntes

indefinidas de impurezas

na dor do silêncio
passeava

o forasteiro prazenteiro
o olhar no casco perdido

do barco água-arriba
que navegava no grito

das lamúrias das árvores
no outono de folhas caídas

Ponte de Lima, 12 de Outubro de 2015 
Tarquínio Vieira