quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Outros perfumes



Outros perfumes

Naquele dia de algum dia
Embriagadas de perfumes
Amorosos
Nasceram as novelas da humanidade
Carinhos em cálices de emoções
Vinhos espumosos
De romances mágicos
Feitiços do encanto cativante
Ilusionismos de paixões ardentes

Em dias de luares enamorados
Espelhados em essências da natureza
O sapato não calçou
O pé descalço de Cinderelas
A forma do encantamento ficou sozinha
Embriagada de outros perfumes

Algum dia daqueles dias
A uma hora qualquer marcada
No meio de tanta gente
O olhar de feitiço penetrante
Encanto das paixões
Hipnotizou o relógio das meiguices 
Como chocolate derretido
A moldar os pés de Cinderelas
Em formas moldadas de carinhos
De todos os amores

Rua do Souto, 30 de Janeiro de 2013
Tarquínio Vieira






sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Na hora da partida


"Cortaram as asas à democracia como se faz a uma galinha. Queremos voar, mas já não nos deixam" – Luis Tavares “El Comandante”


Na hora da partida

As cadeiras estão vazias
As mesas não têm copos
Os ícones derramam tristezas
Na hora da partida

Os cravos vermelhos
Refletem a luz da saudade
Numa canção dos Rolling Stones
Em danças de rebeldia

As cadeiras estão vazias
Num silêncio pensado
Eternizando a vida
De quem nunca parte
P'ra sempre
Nos corações dos humildes
Das nossas vidas

Rua do Souto, 18 de Janeiro de 2013
Tarquínio Vieira






terça-feira, 15 de janeiro de 2013

HOMENAGEM COM CAFÉ E RUM



 HOMENAGEM COM CAFÉ E RUM

Rumbando

Com café e rum
na mesa tropical
servidos em louça cristalina
irradiando toques de tranquilidade
em tarde amena de Outubro

Toalha de aventuras
 pintadas em aguarelas
sonhadas da eterna firmeza
dos encontros de  Agosto
essência de criatividade mítica
força dos quadros memoriais
da guevariana Rampinha

Com café e rum
transitando por caminhos
fraguados com sombras míticas
das imperiais Palmeiras
em tarde amena de Outubro

Em passos suaves de rumba
fazendo tremer a terra distante
com suaves gestos nostálgicos
 tocados na batida dos tambores
rumbando a café e rum

Na mesa tropical dos sonhos
feitos  ternura solidária
transitando por caminhos tropicais
rumbando com café e rum
em tarde amena de Outubro

Rua do Souto, 15 de Agosto de 2012

Tarquínio Vieira


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ONDE EU ESTIVER QUERO SER EU





O exemplo dos trilhos e valores da dignidade e da coerência. Caminhos para a construção da sociedade do homem novo. A luta continua!





Começar a ver a partir do 1º minuto








terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O êxodo de licenciados




PORTUGAL

O êxodo de licenciados
MARIO QUEIROZ



LISBOA - Desde os anos sessenta, quando as saídas massivas de portugueses eram uma constante, este país não sofria uma migração de tal magnitude, como a actual, com o acréscimo de que pela primeira vez inclui profissionais altamente qualificados.

Um milhão de pessoas, o equivalente a 9,8% da população actual de Portugal, radicaram-se no exterior nos últimos 14 anos, um indicador de que não para de crescer, como demonstram as recentes declarações do secretário de Estado Comunidades, José Cesário, que estimou 120.000 imigrantes em 2011 e pouco mais no ano passado.

A economia nacional começa a entrar em um período de forte recessão em 2011, com a implementação das receitas do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu, a tróica de credores que concederam a Portugal um empréstimo de 110 mil milhões de dólares para salvar a economia nacional.

O plano da Tróica centrou-se no saneamento das finanças públicas, com um aumento colossal de impostos e de preços a redução de salários, a eliminação dos subsídios de Natal e de férias, e o aumento de horas de trabalho, tudo o qual fiz chegar o desemprego a níveis recordes, atingindo 16,9% da população economicamente activa, segundo dados oficiais, mas os estudos dos sindicatos apontam o desemprego em 24%.

Estes indicadores agravaram a recessão, levando a dívida pública até o equivalente a 129% do produto interno bruto (PIB), um recorde histórico, e causando o colapso neste ano de 6150 empresas, fazendo uma média de 17 por dia.

Para escapar da crise, milhares de pessoas vêem a emigração como a única saída, especialmente jovens profissionais e académicos de pós-graduação da universidade, para níveis que não podem ser comparados com outros países europeus.

As consequências que anunciam a maioria dos analistas são devastadoras para o futuro: um rápido envelhecimento da população e a consequente ameaça para a sustentabilidade do sistema de segurança social, e da "fuga de cérebros", criando um vácuo de académicos.

O fenómeno da emigração em massa dos jovens "é o resultado desejado e impulsado pelos círculos responsáveis das políticas económicas e sociais em Portugal, segundo o cientista político Bruno Mesquita, um especialista no assunto.

Mesquita, pós-graduado em ciências políticas em uma universidade dos EUA, disse à IPS que "a estrutura ideológica do poder Português favorece a concentração de riqueza no topo da pirâmide através do clientelismo, favorecimento de clãs familiares, empresariais e bancário, reduzindo simultaneamente gastos sociais em saúde, educação e infra-estrutura produtiva. "

Todas estas opções "conduzem à concentração do produto como um todo, enquanto no topo continua o enriquecimento em um contexto de uma distribuição desigual de riqueza, desta forma você precisa de uma força de trabalho pouco qualificadA, uma economia com estrutura retrógrada, com pouco valor agregado de produção, com base na prestação de serviços e produção de bens de baixo valor ", explicou.

Neste contexto, "sem um "capitalismo verdadeiro", mas sim uma versão moderada do corporativismo, é que vivem os jovens portugueses: desocupação em aumento, proliferação de empregos precários e a redução de oportunidades." Assim, embora seja só para sobreviver "a um nível meramente aceitável, estão optando por emigrar", interpretou o cientista politólogo.

Mesquita alertou para "a dimensão perversa da emigração, o que beneficia os grupos do vértice da pirâmide social, que esconde uma economia refém dos clãs, pouco produtiva e monopolizada, o que significa que não há incentivos para manter os jovens em Portugal, mas, pelo contrário, a sua partida atenua o conflito social e político ".

A eurodeputada socialista Ana Catarina Mendes, eleita pela primeira vez para o Parlamento em 1995, quando só tinha apenas 22 anos, disse à IPS que Portugal vive hoje "o paradoxo de ter a geração mais qualificada, e ao mesmo tempo a menos aproveitada".
A Democracia inaugurada em 1974 "abriu as portas para a igualdade de oportunidades na educação e deu à luz a uma geração com altas classificações, que agora em Portugal é desperdiçada" lamentou.

O governo do primeiro-ministro conservador, Pedro Passos Coelho "ditou uma nova realidade: a emigração de muitos jovens qualificados" disse.

Mendes lamentou que o Poder Executivo, "perante a enorme crise em que estamos, escolheu o caminho da destruição do país, reduzindo o investimento na economia, aumentando o desemprego, impus sacrifícios insuportáveis fazendo crescer a pobreza e as desigualdades.
 " (excertos de IPS)

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sábado, 5 de janeiro de 2013

Banif – um novo BPN


Banif – um novo BPN


Sábado 5 de Janeiro de 2013

1 -A comunicação social tem vindo a divulgar nos últimos dias, que o governo terá decidido realizar uma operação financeira, recorrendo a capitais públicos, de recapitalização do Banif num valor superior a 1100 milhões de euros. A ser assim, confirma-se o que o PCP há muito tem dito sobre a verdadeira natureza da crise económica e social em que o País está mergulhado e quem dela se serve.
Aos trabalhadores, aos reformados e pensionistas, aos pequenos e médios empresários, ao povo português em geral, o governo impõe sacrifícios, reduz-lhes os rendimentos através do roubo dos salários e do aumento brutal dos impostos, aos banqueiros mantém-lhes os benefícios fiscais e recapitaliza-lhes as empresas com dinheiros públicos. Ao contrário da história do herói mítico, este Robin Wood dos novos tempos (governo PSD/CDS-PP), rouba aos pobres para dar aos ricos.
É inaceitável que precisamente no momento em que é promulgado o Orçamento do Estado para 2013 -o pior orçamento desde o fascismo – que contempla um brutal aumento de impostos com o argumento de que o País precisa de reduzir o défice das contas públicas através da redução da despesa do Estado, o governo negocie com a administração do Banif uma operação financeira de recapitalização do banco com dinheiros públicos. Um autêntico brinde de Natal oferecido em bandeja de ouro aos accionistas do Banif, os mesmos que durante anos sacaram centenas de milhões de euros de lucros do Banco. Só na primeira década do novo milénio este Banco teve de lucros líquidos 508,4 milhões de euros e entregou aos seus accionistas de dividendos 216 milhões de euros (41% do total de lucros), o que é muito dinheiro para um banco da dimensão do Banif.
2 -De acordo com o que tem sido divulgado, a operação financeira de 1 100 milhões de euros inclui a compra de acções do Banco, ficando o Estado português detentor da quase totalidade do Banco e um empréstimo no valor de 400 milhões de euros (só esta parte vence juros). Vale a pena lembrar que estando este Banco cotado em Bolsa o seu valor bolsista é hoje de apenas 83 milhões de euros, mas o Estado decide injectar 13,3 vezes esse valor.
Tal como aconteceu com o BPN, o governo prepara uma «nacionalização» temporária cujo objectivo é, mais uma vez, resolver os problemas do banco e depois entregá-lo limpinho para que os seus accionistas continuem a sacar os seus lucros. Vamos certamente assistir a um processo de transferência dos prejuízos de uma entidade privada para as contas do Estado, prejuízos acumulados nestes dois últimos anos em resultado de uma gestão irresponsável e determinada pelos ganhos da especulação financeira.
Esta é uma falsa nacionalização em que o alto risco será coberto pelo dinheiro dos contribuintes. O banco não só não tem activos suficientes como dificilmente vai gerar proveitos aceitáveis para devolver o dinheiro ao Estado. Acresce que o Estado fica em posição maioritária mas só pode nomear um administrador não executivo. E um membro para o conselho fiscal. Uma vergonha!
Este é o mesmo banco que já depois de ter encerrado 17 balcões em 2011 e despedido mais de 120 trabalhadores, anunciou o encerramento de mais 50 balcões com o despedimento de mais 160 trabalhadores. Ou seja, também no Banif, tal como está a acontecer no BCP e no BPI, o Estado financia com dinheiros públicos (a concretizar-se esta operação serão mais de 7 mil milhões de euros nestes três bancos) processos de reestruturação que incluem o despedimento de milhares de trabalhadores, ao mesmo tempo que reduz para 12 dias de salário por ano de trabalho, a indemnização por despedimento, aos trabalhadores por conta de outrem.
3 – A solução para os problemas do sector financeiro em Portugal não passa por injectar dinheiros públicos em empresas cuja existência e gestão são determinadas pelo lucro fácil e especulativo, e muito menos através de falsas nacionalizações que apenas garantem a transferência dos prejuízos dessas empresas para a órbita do Orçamento do Estado.
Como o PCP há muito vem defendendo, a recuperação do comando político e democrático do processo de desenvolvimento, com a subordinação do poder económico ao poder político democrático, coloca na ordem do dia a necessidade de um sector público forte e dinâmico, especialmente em sectores estratégicos da economia, como é o caso do sector financeiro, e designadamente em relação à banca comercial.
De - NOTA DO GABINETE DE IMPRENSA DO PCP





terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Registram em Cuba vacina para câncer de pulmão Racotumomab

Registram em Cuba vacina para câncer de pulmão Racotumomab





  
Havana, 1 Jan (PL) A vacina para o tratamento de câncer de pulmão foi registrada em Cuba Racotumomab que irá beneficiar pacientes que sofrem deste mal.
Os ensaios clínicos realizados em 2012, em 86 países, mostram que o medicamento aumenta a vida de pessoas com câncer pulmonar de células não-pequenas, indicaram especialistas do Centro de Imunologia Molecular, donde se desenvolveu este produto.

 Racotumomab leva a um aumento da apoptose (morte) de células tumorais e a uma vascularização reduzida de câncer, explicaram os cientistas. 

Não se pode afirmar que esta vacina representa a cura da doença, mas sim aumenta a esperança e a qualidade de vida através da redução do tumor, assinalaram à Agência Nacional de Informação (AIN).

Segundo os investigadores, quando o carcinoma não se estende por um longo período e o paciente se encontra numa fase estável da sua doença pode viver por muito tempo.

 Racotumomab é a segunda vacina contra o câncer de pulmão desenvolvida pelo Centro de Imunologia Molecular depois de Cimavax EGF. 

A certificação para o seu registro pelo Centro para o Controle Estatal da Qualidade dos Medicamentos da Ilha ocorreu há apenas uma semana, por isso espera-se a utilização imediata deste produto nas policlínicas. 

De forma paralela ao seu registro em Cuba, Racotumomab foi apresentado na Argentina para posterior exportação para aquele país sul-americano. 


O câncer de pulmão é o segundo em incidência em Cuba e o primeiro em mortalidade.

Se estimada que umas cinco mil pessoas padecem da enfermidade em estado avançado.

Otf / mor

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