sexta-feira, 8 de julho de 2011

CATADUPA DE TEMPESTADES

A TRETA DOS EMPRÉSTIMOS “AMIGOS”

Quando as gaivotas andam por terra é costume dizer-se que há tempestade no mar. Partindo desta sabedoria popular e reflectindo sobre a catadupa de notícias anunciadas de medidas neoliberais a pretexto da treta dos empréstimos “amigos” para resolver a crise sistémica do capitalismo, originada pelos abutres das tempestades da ditadura do poder financeiro. Os ventos que sopram lá dos lados de S. Bento não nos trazem nada de bom para o progresso do País.

O que aí vem é uma catadupa de tempestades para afundar o viver do dia-a-dia das nossas gentes, é mais e maiores problemas para as famílias, mais pobreza , miséria e fome. Não se pode admitir que a pretexto dos interesses do capital financeiro, da delicadeza do sector financeiro e  dos mercados, sejam impostas e implementadas malfeitorias para se ser despedido, de redução dos salários, de usurpação de metade do subsídio de natal, de aumento das taxas moderadoras na saúde, do gás, da electricidade e a destruição do Serviço Nacional de Saúde. São medidas danosas com o claro propósito e único objectivo de oferecer mais benefícios, mais lucros, maiores fortunas para a imensa minoria dos abutres da ditadura do poder financeiro para sustentar e tentar eternizar  a sociedade maléfica do neoliberalismo.

Basta só meditar no roubo de metade do subsídio de Natal, que constitui um cruel assalto à mão armada à Consoada de 3 milhões de famílias, é uma amostra dos redemoinhos de tempestades da acção devastadora da política e das medidas neoliberais dos novos gestores ao serviço dos seus amos e donos do neoliberalismo. O que comprova a hipocrisia da treta dos empréstimos “amigos” para Portugal.
O caminho não pode ser mais o de satisfação dos interesses dos mercados e da vassalagem aos mandões da notação ou do rating “palavrões pouco conhecidos no vocabulário popular”. “Os instrumentos de avaliação e credibilidade financeira” é o direito ao trabalho com direitos, é produzir mais, é a valorização dos salários, é o investimento público, é o crescimento económico. “A capacidade de cumprir atempadamente com determinadas responsabilidades”, é assegurar rigorosa e determinantemente com o direito à Saúde, à escola pública, a um sistema público de transportes e essencialmente a defesa da democracia e da soberania nacional.

Há outro caminho para vencer as tempestades do mar de vagas alterosas neoliberais. É o caminho do Arco Íris da esperança, nas nossas mãos está a possibilidade de mudança, manifestando o nosso protesto, lutando contra a política de desastre e de afundamento do País, contra o pacto de submissão da Troika que fere o interesse e a dignidade nacionais.  

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