LABIRINTOS NA MINHA CIDADE
No inicio da madrugada são encurralados por um grupo de chavalos rufias da mouraria, logo se gera um movimento de confusão agressiva para o qual foram obrigados a uma atitude de serenidade e ligeireza para evitar um confronto que se adivinhava violento, depois de uma longa conversa lá saíram da cilada que estava preparada com o prejuízo da perda de uma peça pessoal de estimação. Ufa! Eclipse, safamo-nos deste labirinto, quais demónios acostados nos Anjos?
Na constância do passo pela cidade, meteram os pés ao caminho. Eclipse, Tatu e Farfalho desceram a Almirante Reis, já refeitos do inesperado, ouvem um fragmento da canção interpretada pelo cantor romântico Toni de Matos “só nós dois é que sabemos...” num gesto espontâneo entram na taberna donde ecoava a música. Largas horas os embeberam nos segredos da Maria das Lágrimas com a sua aventura de vida com laivos de argumentos da Maria Papoila, perdida nos labirintos do viver na grande cidade, até que o coloquial convívio é interrompido pela entrada dos “chuis” numa operação de identificação pessoal. Eclipse indiferente a todo aquele aparato, serenamente, entende que não se deve passar importância ao sucedido. No final expressa! É pessoal safei-me de boa, não tinha comigo nenhum documento de identificação.
Entraram na estação do metro e apanham a primeira carruagem a funcionar no alvor da manhã, após uma madrugada de boémia e de aventuras, são vencidos pelo cansaço e começam a dormitar, logo uma passageira exclama, vêm cansados do trabalho! Assim começaram um outro dia de trabalho das muitas semanas esperando dias melhores para Portugal.
FRANCISCO FANHAIS - Canta "Cantilena"
TONY DE MATOS - Canta "Só nós dois"
FRANCISCO FANHAIS - Canta "Cantilena"
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