segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SOLTAS NA PONTA DA BOTA!

SOLTAS NA PONTA DA BOTA!
E o Euro, falhou?
 
19.Set.11 

A crise da dívida soberana, transformada em crise da Zona Euro, levou a que os hossanas antes «cantados» em torno do Euro se transformassem na afirmação do seu falhanço, na boca de muitos comentadores de serviço e economistas encartados.

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O «Pacto para o Euro mais», decidido no Conselho Europeu de Primavera a 24 e 25 de Março de 2011, mostra sem rodeios para que serviu e serve o Euro – reduzir os custos unitários de trabalho. A austeridade imposta pelo Euro, por via de uma política monetária restritiva e do(s) PEC(s), serve o propósito estratégico de restaurar as condições de rentabilidade do capital, por via do incremento da exploração do trabalho, num contexto de uma crise sistémica.
O Euro foi e é uma «declaração de guerra» aos trabalhadores dos países da Zona Euro e de toda a UE. Uma década de desvalorização social e de desemprego crescente assim o demonstra. Apesar das contradições, a integração capitalista reforça-se criando mecanismos de constrangimento absoluto, elevando o patamar da ofensiva de classe em curso.
A emancipação dos trabalhadores portugueses e dos outros trabalhadores dos países que constituem a UE, passa pela tomada de consciência que não existem saídas no actual quadro que não passem por uma ruptura com as políticas vigentes, pela necessidade de derrotar o instrumento de classe que é a UE, de fazer retornar aos Estados os instrumentos de política económica, monetária, orçamental e cambial e  pôr no domínio público os sectores estratégicos que permitam alavancarem o desenvolvimento económico dos países, ao serviço dos trabalhadores e dos povos. Ter consciência que só a luta de massas e a elevação do grau de organização da luta poderão derrotar a ofensiva em curso. Tendo presente que  os tempos das inevitabilidades e das irreversibilidades acabaram e que os tempos são de oportunidade, tendo em conta as contradições inter-capitalistas.  Hoje, como ontem, o que é necessário é que os trabalhadores e os povos tomem nas suas mãos a afirmação do seu destino, liberto da exploração. O combate ao Euro, às orientações que lhe dão suporte e às políticas que viabiliza, é parte indissociável desta luta mais geral.
Nota: Este artigo foi publicado na Revista "Portugal e a UE", nº 61, Agosto 20
(extraído de o diario.info) – ver estudo completo em E o Euro, falhou? 

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