segunda-feira, 18 de junho de 2012

VITRAL



VITRAL

O vidro estalou
num toque seco
com  som de xilofone
em melodia alegre
tocada no vitral sonoro
das vozes da resistência

Somos alegres
no compasso de dança
da  cantiga cantada
em coros de vozes simples
do povo que luta e resiste

Somos luta
por sonhos de justiça
constância dos passos firmes
pela terra
sinalizados em rebentos
vidraça
de trovas de amor
cantadas a qualquer hora
pelos trovadores das ideias

O vidro estalou
num toque de elegância e perfeição
sentimento profundo e forte
de queremos estar vivos
com os cantores de sonhos de luta
utopia da civilização ideal
vitral dos valores da luta
cantados a qualquer hora
em trovas de amor

Rua de Souto, 18 de Junho de 2012


Pobre do cantor

Pobre do cantor de nossos dias
que não arrisca sua corda
pra não arriscar sua vida

Pobre do cantor que nunca sabe
que fomos a semente
e hoje somos vida

Pobre do cantor que um dia a história
o apague da memória
sem ter tocado em espinhos

Pobre do cantor que foi marcado
pra lutar e hoje é um rosto amordaçado

Pobre do cantor que feito mito
lhe roubem até o nome
com máscaras perdidas

Pobre do cantor que não levanta
e segue até adiante
com mais canto e mais vida

Pobre do cantor que não se afirma
que não mantém seguro
seu proceder com todos

Pobre do cantor que não se imponha
em seu canto da glória
em meio ao barro e ao lodo

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