Mais de 638 mil trabalhadores da Função Pública ficam sem subsídio de
férias - Frente Comum
Lisboa, 22 jun (Lusa) - A suspensão do subsídio de férias a mais de 638 mil
funcionários públicos permite ao Governo uma poupança aproximada de 900 mi...
Lisboa, 22 jun (Lusa) - A suspensão do subsídio de férias a mais de 638 mil
funcionários públicos permite ao Governo uma poupança aproximada de 900 milhões
de euros, de acordo com os números divulgados pela Frente Comum dos Sindicatos
da Função Pública.
A coordenadora do sindicato, Ana Avoila, disse à Lusa que 366.968
funcionários públicos não receberam o 13º mês, uma vez que os salários que
auferem são iguais ou superiores a 1.100 euros. Já o número de trabalhadores
que auferem menos de 1.100 euros é de 272 mil.
Somando o número de funcionários, são 638.968 aqueles que apenas receberam
ou uma pequena parte do subsídio, ou que nada receberam, permitindo ao
Executivo poupar quase 900 milhões de euros este ano.
Já com o corte dos dois subsídios - de férias e de Natal - o Governo deverá
poupar 1.625 milhões de euros, de acordo com a sindicalista.
"Queremos questionar o Governo sobre o que vai fazer a estes 900
milhões de euros que poupou nos subsídios", declarou Ana Avoila,
acrescentando: "Vai criar emprego, aumentar pensões, aumentar os abonos de
família?".
De acordo com a dirigente sindical, "os anos que se seguem são,
porventura, anos muito complicados" e "tirar aos trabalhadores para
dar aos bancos não é solução para ninguém e muito menos para a classe que produz,
que são os trabalhadores".
Os funcionários públicos que, entre quarta-feira e hoje, receberem o
salário correspondente ao mês de junho não verão depositados nas respetivas
contas bancárias os subsídios de férias, uma suspensão decidida pelo Governo de
Passos Coelho e justificada pelas dificuldades económicas que o país enfrenta.
Assim, apenas os funcionários que recebam um salário inferior ou
equivalente a 600 euros receberão o subsídio na íntegra. Já os que auferem um
salário entre 610 euros e 1.090 euros receberão apenas uma parte do subsídio de
férias, ao passo que os funcionários públicos que ganham 1.100 euros por mês,
ou acima, terão um corte total no subsídio.
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