Estalam foguetes no ar
Cheio de chieira, lá vai o traquina
De chapéu de coco e pardeijinho
Aprumado no colarinho engomado
Da camisa lampeira das festas e romarias
Estalam foguetes, num labirinto de cores
Arco-íris de imensas alegrias e emoções
A deixar o rapazola de boca aberta
Feito cavalheiro, apreciador da arte mágica
Dos efeitos visuais, mistérios da pirotecnia
Nos altifalantes, vibra o vinho da clarinha
A espevitar um pé de dança atrevido
P’ra exibir a camisa bordada de fino linho
Às raparigas trigueiras das festas e romarias
Enérgico no seu ar de inocente cortês
Lá vai o mancebo todo emproado
Com o seu chapéu de coco acastanhado
Oferecer um doce açucarado de algodão
Às namoradeiras
donzelas das festas e romarias
Estalam os foguetes no ar a glorificar a febre de
namoricos….
Rua do Souto, 12 de Fevereiro de 2013
Tarquínio Vieira
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