terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Estalam foguetes no ar


Estalam foguetes no ar


Cheio de chieira, lá vai o traquina
De chapéu de coco e pardeijinho
Aprumado no colarinho engomado
Da camisa lampeira das festas e romarias

Estalam foguetes, num labirinto de cores
Arco-íris de imensas alegrias e emoções
A deixar o rapazola de boca aberta
Feito cavalheiro, apreciador da arte mágica
Dos efeitos visuais, mistérios da pirotecnia

Nos altifalantes, vibra o vinho da clarinha
A espevitar um pé de dança atrevido
P’ra exibir a camisa bordada de fino linho
Às raparigas trigueiras das festas e romarias

Enérgico no seu ar de inocente cortês
Lá vai o mancebo todo emproado
Com o seu chapéu de coco acastanhado
Oferecer um doce açucarado de algodão
 Às namoradeiras donzelas das festas e romarias

Estalam os foguetes no ar a glorificar a febre de namoricos….

Rua do Souto, 12 de Fevereiro de 2013
Tarquínio Vieira









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