Na prosa
maturada de pinga-amor
o ninho de
carícias românticas
deixou cair o
beijo que não aconteceu
nos
desejos dos mistérios de encantar
Na
soleira da porta dos murmúrios
as
paixões desfloram devagar, boleros
na
espiral sonhadora do debute
a
atrapar plantas de corações
envenenados
p´lo despertar do amor
Nas asas dos
boleros chalreiam
titubeantes
sonhos dos ensejos
repetidos em
traços de abanar paixões
a embalar a estirpe
forjada no andar juvenil
p’los
caminhos da fornalha dos desejos de amar
Nos boleros
velhos para recordar
a fonte do
gostar não murchou a casualidade
das viagens
em traços de amor
a abanarem os
mistérios de encantar
os contos dos
sonhos de todos os dias
Ponte de
Lima, 31 de Julho de 2022
Tarquínio
Vieira
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