segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Asas de Boleros

 


Asas de boleros

Na prosa maturada de pinga-amor

o ninho de carícias românticas

deixou cair o beijo que não aconteceu

nos desejos dos mistérios de encantar

 

Na soleira da porta dos murmúrios

as paixões desfloram devagar, boleros

na espiral sonhadora do debute

a atrapar plantas de corações

envenenados p´lo despertar do amor            

 

Nas asas dos boleros chalreiam

titubeantes sonhos dos ensejos

repetidos em traços de abanar paixões

a embalar a estirpe forjada no andar juvenil

p’los caminhos da fornalha dos desejos de amar

 

Nos boleros velhos para recordar

a fonte do gostar não murchou a casualidade

das viagens em traços de amor

a abanarem os mistérios de encantar

os contos dos sonhos de todos os dias

 

Ponte de Lima, 31 de Julho de 2022

Tarquínio Vieira



Sem comentários:

Enviar um comentário