sábado, 8 de outubro de 2011

SOPRANDO NOS VENTOS DA ESPERANÇA

SOPRANDO NOS VENTOS DA ESPERANÇA

Sentado no banco da meditação, Guga... mergulhou  no bosque das rarezas e encontrou-se com o moinho de papel zumbido nos ventos do Outono ao encontro do perfume das azinhas das uvas morangas penduradas nas videiras relaxadas da safra das vindimas.

Os momentos são a vida mesma, é como o moinho de papel em mãos de criança correndo nos ventos da esperança do sabor de uma chávena de cacau quente nas madrugadas frias do encosto dos sonhos do outono da vida. Guga... embalado pelos redemoinhos do caderno virtual dos apontamentos, saboreou o divino sabor de uma chávena de cacau no Mercado da Ribeira, depois da noitada de bailarico na Colectividade originária da sua região, acompanhada pelos ritmos do nascer da azáfama dos pregões dos vendedores e vendedeiras, a manta destapada do ganha pão do dia-a-dia da luta pela dignidade do trabalho.

Ao clicar na tecla dos segredos do Outono boreal, Guga... foi encaminhado para os saberes da resistência, como enfrentar as quedas na temperatura e vencer o amarelar do cair da folha das árvores. Metido com o pensamento dos seus botões, carregou no link da conversação e estabeleceu ligação com a Deusa heróica... que logo formulou o seu comentário... Sabes Guga... hoje o despertar do dia-a-dia não tem a eira cheia das colheitas do outono, estamos em tempos vestidos de hipocrisia selvagem, nunca a minha cabeça foi obrigada a pensar tanto na hora de ir às compras, as famílias cada vez mais vêem a folha dos seus apertados orçamentos não florir para pagarem as despesas essenciais, até já o direito aos alimentos, obrigam-nos a cortar em tudo aquilo a que temos direito, causa da quebra dos rendimentos, ao aumento desenfreado de impostos e à degradação contínua do mercado de trabalho, ou seja ao desumano desemprego.

Assim mesmo é Deusa heróica... Estes ventos do Outono sopram aos nossos ouvidos com a mensagem urgente que é preciso derrotar a repugnante sociedade neoliberal para poderem ser semeados os campos para produzir a esperança de reconquistar a arca dos alimentos das famílias, do direito ao trabalho, da educação e do direito de sonhar com a felicidade dum moinho de papel a soprar nas mãos de todas as crianças do planeta terra, sem fome e com paz.








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