Encontros perfumados
Nos vemos por
aí... Assim foi aquela despedida dos encontros perfumados, em férias citadinas!
Mares, de praias inundadas por biquínis de bolinhas coloridas, a satisfazer
todos os gostos da sensação visual. Montes, enfeitando a floresta verde e
refrescante, ninho de caricias românticas, murmúrios das paixões, cânticos de
fadas do cúpido estival.
Deslumbrantes, Praças iluminadas por estátuas ao vivo,
espargindo magia e arte, em calmosos gestos, propagando encantamento, nos
perfumes de mistérios, momentos íntimos de entrelaçadas mãos nas mãos, em
delírio com a beleza da paisagem, monumental, arte representada em espaço aberto,
magnitude assombrosa, paisagens de culturas originarias.

Descrito e destapado, o véu
do quadro de veraneio estival sem guião turístico. Partiram com a imaginação
solta, para os desafios de estar em pé, com firmeza, como estátuas vivas,
movendo-se nos encantos de um jardim florido com pétalas de ternura. Subiram, a
imponência de uma Serra, ouvindo os sopros da condição humana nos trilhos da dignidade.
Contemplaram, o canto de uma melodia trovada, ao cair da noite, em serenatas
amorosas. Descansaram, estendidos, no orvalho da madrugada, embebidos no
saborear, de uma bebida exótica com água da nascente de todas as fontes da pureza
ambiental, entorno, de percursos deslumbrantes, daquele sítio mágico da
natureza.

Acordados dos sonhos
estivais, relaxadamente sentados numa esplanada, degustaram, um gelado de sabor
fresa e chocolate, pintura da alma e, prazer descontraído, para restaurar o
corpo e a mente em época de repouso. Montados, no velocípede duplo avançaram
pedalando por caminhos pedonais junto ao rio de águas puras, até ao por do sol que, subtilmente desaparecia no horizonte, escondendo-se por detrás das
montanhas, emprestando, o esplendor das suas cores ao imponente espectáculo
deste fenómeno do mundo natural, para colorir as rotas especiais de aventuras
ao ar livre.

Estás para aí com essa
lenga-lenga toda, e a identificação das personagens, quedou invisível! Porque
será que as personagens não têm nomes? Agora percebo! Apareceram os feiticeiros
usurpadores do direito a ter época de férias, magicando o sumiço das moedas
reais para gozar esses tempos de mudança de rotina cotidiana e, os protagonistas
originários destas aventuras íntimas, esfumaram-se no nevoeiro do mal viver. O
melhor é por ponto final na descrição dessa estória, “tipo era uma vez”! E espalhar a semente do belo e da esperança,
antídoto contra as feitiçarias dos poderosos que, querem dominar o nosso mundo
natural e, tirar-nos a dignidade de sermos felizes, em todos os momentos de
construir os sonhos perfumados, para restaurar o corpo e a mente.
Rua de Souto, 3
de Setembro de 2012
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